TECNOLOGIAS ASSISTIVAS
“Para a maioria das pessoas, a tecnologia torna a vida mais fácil, para uma pessoa com necessidades especiais, a tecnologia torna as coisas possíveis”.Francisco Godinho
Você sabe o que é tecnologias assisitvas?
Para alguns estudiosos é um termo ainda muito novo e que se confunde com reabilitação.
Vamos entender um pouco mais sobre este conceito?
De acordo com o Comitê de Ajudas Técnicas,
“Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social” (ATA VII – Comitê de Ajudas Técnicas – CAT).
As tecnologias assisitivas surgem para de certa forma facilitar a vida e mobilidade as pessoas portadoras de alguma deficiência ou necessidade especial, como os possuidores de deficiência auditiva, visual, deficiências múltiplas, paralisia cerebral entre outras.
As pessoas portadoras de alguma deficiência enm sempre tiveram oportuniddes, mecanismos e recursos que se aeuassem às suas necessidades.
Percebe-se atualmene que a visão segregacionista referente às pessoas com deficiência vem sido substituída por uma visão inclusiva ao longo das últimas quatro décadas. Como parte fundamental nesse processo, a educação sofreu uma radical transformação.
Esses novos paradigmas exigiam a integração e a participação ativa das pessoas com deficiência no processo educacional convencional e regular. Esses indivíduos deveriam ter acesso e compartilhar de todos os ambientes e recursos educativos, sendo respeitados em suas diferenças e limitações.
Visando viabilizar as mudanças necessárias para a integração das pessoas com deficiência ao processo educacional, entram em cena, a partir da segunda metade do século XX: os recursos tecnológicos.
Através o vídeo – As Borboletas de Zagorsky – documentário produzido pela BBC, temos a oportunidade de visualizar como é o ensino (não inclusivo) usado na escola especial fundada por Vigotsky, em Zagorsky, na Rússia para crianças com altas descapacidades. Vale a pena assistir todos os vídeos pois abre reflexão para o papel das tecnologias na tarefa de tornar os deficientes eficientes, mas o faz de maneira segregadora.
http://www.youtube.com/results?search_query=borboletas+de+zagorsky&search_type=&aq=f
Quando pensamos na inclusão da pessoa com deficiência nas escolas de ensino regular o acesso aos recursos de acessibilidade é uma das maneiras de ultrapassar as barreiras impostas pela deficiência, possibilitando que o indivíduo interaja com o meio favorecendo assim sua aprendizagem. É a possibilidade de uma inclusão não excludente, onde a condição de diferente em suas possibilidades da pessoa com deficiência é respeitada, o recurso assistivo proporcionará a acessibilidade aos espaços, aos materiais didáticos e a todos os equipamentos disponíveis em um ambiente de aprendizagem.
O universo das Tecnologias Assistivas é amplo, dentre eles estão os livros didáticos e paradidáticos impressos em letras ampliadas, em braille, digitais, em LIBRAS, pranchas de comunicação alternativa, livros falados, livros adaptados com separadores de páginas, reglete e punção, soroban, material de desenho adaptado, lupa manual, caderno com pauta ampliada, caneta de ponta grossa, lápis com diferentes espessuras ou com adaptadores que favoreçam a preensão, tecnologias de informação e comunicação (TIC) que possibilitam a otimização na utilização de Sistemas Alternativos e Aumentativos de Comunicação, com a informatização de métodos tradicionais de comunicação alternativa, como os sistemas Bliss, PCS ou PIC.
Hoje, existem softwares que permitem que o computador seja comandado através do sopro para indivíduos tetraplégicos. Para as pessoas com deficiência visual, existem programas que podem fazer o computador falar, tais como o DOSVOX, o Virtual Vision, Orca, dentre outros. O MecDaisy? distribuído gratuitamente pelo MEC permite que alunos com deficiência visual tenham acesso à literatura. O hardware também pode ser adaptado e elas dependerão das necessidades de cada aluno.
Infelizmente no Brasil, em qualquer tempo, questões cruciais com saúde ,seca, educação e agora também a inclusão acabam virando apenas bandeira eleitoral e moeda de troca em campanhas políticas. Nada é levado realmente a sério e o resultado é muito mais propaganda e marketing do quê promoção efetiva da cidadania.
Incluir é preciso para fazer valer o direito não apenas do indivíduo, mas também o da coletividade porque conviver socialmente significa colocar o respeito como um dos valores fundamentais desse convívio (até porque eu também precisarei desse respeito em algum momento).
Assegurar que as crianças com necessidades especiais que estudam em escolas regulares (ou não) tenham acesso a todos os recursos didáticos (incluindo recursos tecnológicos de última geração) que a criança “normal”(sem necessidade especial) tem nada mais é que uma obrigação do estado ao qual pagamos pesadíssimos impostos, principalmente, quando se defende o lema(ou slogan) PAÍS de TODOS.
Como muito bem colocava a propaganda : O Normal é ser Diferente. Nada justifica impedir a convivência de quem é diferente de nós em qualquer dos espaços sociais, principalmente a escola.
Assim, a questão principal da educação inclusiva é focar no respeito a essas diferenças por meio da criação de estruturas de atendimento às necessidades dos alunos, independente de suas limitações. O preconceito e a discriminação devem ser os primeiros desafios a serem superados com vista ao desenvolvimento de uma cultura democrática em que todos possam inserir-se nos diferentes espaços da sociedade.
Apesar dos avanços, contextualizados deste da Grécia antiga até os dias atuais, os esforços para garantia do acesso e permanência na escola regular, a prática cotidiana nos mostra que ainda precisamos de formação e valorização dos profissionais envolvidos para efetivamente desconstruirmos os espaços de segregação e possibilitarmos a ampliação do acesso e permanência de alunos com alguma deficiência na rede pública em todos os níveis de ensino. Isso demanda políticas públicas e comprometimento de todos os envolvidos, pais, educadores e comunidade.
O esforço é único, reconhecer que todos (as) podem aprender. O grande salto está no entendimento de que é necessária uma educação de mediação, interação entre alunos, professores, gestores com vista a garantia de direitos e aprendizagem e construção de conhecimento.
Portanto, historicamente estamos construindo uma educação mais inclusiva com os órgãos, instituições, entidades especializadas que atendem às pessoas com deficiência, família, escola e adequações que vão sendo realizadas com a participação ativa da própria pessoa com deficiência.
Rita Brandão, Nicéia, Núbia, Odinaelton, Oldair